Nasce o Sol e não dura mais que um dia,
Depois da Luz se segue a noite escura,
Em tristes sombras morre a formosura,
Em contínuas tristezas e alegria.
Porém, se acaba o Sol, por que nascia?
Se é tão formosa a Luz, por que não dura?
Como a beleza assim se transfigura?
Como o gosto da pena assim se fia?
Mas no Sol, e na Luz falta a firmeza,
Na formosura não se dê constância,
E na alegria sinta-se a tristeza,
Começa o mundo enfim pela ignorância,
E tem qualquer dos bens por natureza.
A firmeza somente na inconstância.
Análise Felipe: No poema, o eu lírico comenta sobre a natureza transitória das coisas. No início, ele apresenta diversas situações que se contrapõem, como “Depois da Luz se segue a noite escura”, “Em contínuas tristezas e alegria.”, o que intensifica a visão dele sobre o tema. Depois, começa a questionar o porquê das coisas começarem a existir, sendo que todas estão fadadas ao fim. No final, o eu lírico conclui que sua única certeza é a mudança das coisas.
OBS. É importante lembrar que Gregório de Matos é considerado como um dos representantes da literatura Barroca. Os membros do blog continuarão a postar outros textos e análises com esse tema.
Neste texto o eu lírico trata a respeito das coisas ao nosso redor, em seus versos ele mostra sobre a constância das coisas e ressalta que os momentos obscuros sobrepõem-se aos momentos felizes.
ResponderExcluirPenso que o fundamental no texto seja a compreensão de que a INconstância se faz sempre necessária para a firmeza e equilíbrio das coisas.
ExcluirNo poema, Gregório de Matos enfatiza a mudança natural das coisas, utilizando muito da contraposição de palavras em seus versos como tristeza/alegria, dia/noite, luz/sombras entre outros. Além disso o eu lírico passa a fazer uma série de questionamentos sobre a existência dessas coisas sendo que em um determinado momento elas sempre acabam. Mas por fim, no último verso, o eu lírico chega em uma conclusão de que a única firmeza que se tem é a da inconstância.
ResponderExcluirComo foi colocado muito bem em tua análise, neste poema o eu lírico fala sobre a constante mudança das coisas. Pode-se observar também que durante o poema o eu lírico cita algumas coisas que acontecem em sucessão de outras, mas que são contrárias. Além disso, no decorrer do poema, ele se questiona sobre o porquê da existência de tais coisas sendo que elas chegarão a um fim. E por último, o eu lírico chega a conclusão de que a única certeza que se tem é a da inconstância, nada é constante.
ResponderExcluirComo todos ja disseram Gregório de Matos quis trazer e mostras as mudanças naturais que acontece no nosso mundo como tristeza/alegria, dia/noite, luz/sombra e sendo que essas coisas tem um início e um fim ... Como meu colegas ja descreveram o poema e basicamente isso na minha concepção.
ResponderExcluirAcredito que um ponto fundamental no texto ainda não tenha sido comentado. É importante notar que o autor se questiona sobre o porquê de algo tão formoso como a luz do Sol não durar mais que um dia, sendo sempre seguida pela escuridão da noite. O próprio autor, em seguida, afirma que na luz do Sol falta firmeza, para no final, concluir que a firmeza só existe na inconstância. Essa visão é muito interessante para refletirmos sobre o nosso cotidiano. Ás vezes, não nos conformamos quando passamos por situações diferentes, que em um primeiro momento, causam desconforto, mas acabamos nos esquecendo que quando algo bom permanece constantemente na nossa vida, acabamos nos enjoando dela, e passamos à desprezá-la. O mesmo acontece com a natureza, e com todos os campos sociais. A firmeza somente na inconstância.
ResponderExcluirParabéns pela análise, pessoal. O blog de vocês está bem interessante.
ResponderExcluirGostei muito das reflexões aqui postadas.
ResponderExcluirComentários deliciosos de se ler! Obrigada a todos por compartilharem tamanha riqueza!
ResponderExcluirA vida, uma dádiva de Deus. Devemos aproveitá-la, vivê-la intensamente a cada momento, pois assim como o sol, tão intenso, mas não dura mais que um dia, por isso devemos viver o presente respeitando e amando, pois ela é efêmera.
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